Uma sala de aula é formada pela infinidade de características que cada aluno possui. Facilidades, dificuldades, aptidões e tantas outras individualidades podem ser exploradas e aperfeiçoadas com a ajuda do professor.
Cada aluno desenvolve essas características durante a sua própria trajetória de vida, trajetória essa que nunca é igual uma da outra. Mesmo filhos criados pelos mesmos pais e na mesma casa podem ser completamente diferentes. Quando o método de ensino dentro das escolas é o padrão, ver e entender toda essa pluralidade de ideais e comportamentos se torna uma tarefa difícil. É necessário que todos os alunos, independente das suas diferenças, possam participar dos processos de aprendizagem.
Pensando nessas questões, a educação inclusiva no Brasil passa por desafios cotidianamente. A educação inclusiva vai abranger métodos e abordagens que possam assegurar um ambiente de aprendizado para qualquer criança ou adolescente, inclusive aqueles com deficiência ou algum tipo de transtorno de desenvolvimento.
Um dos pilares que guiam a educação inclusiva é que o acesso à educação é um direito de todos. O desafio em trazer a educação inclusiva para as salas de aula é justamente a falta de entendimento das características individuais de cada um. As formas de aprender nunca são as mesmas. Cada aluno tem o seu tempo e o seu processo.
Formação capacitada para os professores
Pense na organização da sala de aula: alunos enfileirados nas carteiras e cadeiras. Até a visualização do professor dessa turma acaba ficando limitada. É necessária uma nova visão do professor, um incentivo da escola e também repensar certas estruturas. Preparar aulas mais dinâmicas, tarefas e trabalhos em grupo que também estimulam a integração e a cooperação entre os alunos.
É dever da escola, também, oferecer uma estrutura preparada para essas diversidades, com rampas de acesso, banheiros equipados etc. E mais do que infraestrutura e formação técnica especializada, é indispensável repensar a própria cultura do que é “normal” e socialmente aceito.
Algumas conquistas nos últimos anos
O movimento de inclusão educacional não aconteceu apenas no Brasil. Nos últimos anos, diversos países passaram a discutir e priorizar esses temas. Nesse cenário, o Brasil garantiu avanços nesse segmento, voltados principalmente à permanência dos alunos nas salas de aula.
O Ministério da Educação elaborou em 2008 a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que dentre diversos aspectos, definiu ações que devem ser aplicadas para garantir o acesso à educação regular e um atendimento especializado para todos os alunos. Nesse período, houve um aumento no número de matrículas nas escolas regulares, desmistificando a ideia da segregação.
A passos lentos, as mudanças estão acontecendo e essa mudança não deve ser restrita apenas a sala de aula e sim em casa e nos tantos outros espaços que as crianças passam no processo da socialização.
O ambiente familiar e também a escola devem funcionar numa verdadeira parceria, já que são duas importantes instituições para estimular os processos evolutivos das pessoas e têm papel fundamental no crescimento físico, afetivo e intelectual. Essa é uma força tarefa de todos nós.
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