Deficiência intelectual e aprendizagem escolar: o papel do professor

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Deficiência intelectual

A educação não é algo que você adquire da noite para o dia, ela é construída ao longo dos anos, com muita dedicação, atenção, paciência, cuidado e dedicação.

A educação permite o acesso às informações, reforça seus direitos e deveres, impõe limites e ensina sobre a ética, te mantém seguro e preparado molda seus sonhos e traz dignidade, entre outros benefícios socioculturais.

No entanto, o que algumas pessoas não têm ciência é que, às vezes, no ambiente escolar, onde o conhecimento é repassado pedagogicamente aos seus alunos, muitos indivíduos não conseguem se desenvolver com a mesma facilidade que outros, mesmo que ambos estejam na mesma sala de aula.

A deficiência intelectual é caracterizada por inteligência ou capacidade mental abaixo da média e pela falta das habilidades necessárias para realizar atividades rotineiras. Pessoas com esse transtorno podem sim aprender novas habilidades, mas fazem isso mais lentamente. Ainda em relação ao desenvolvimento social é comum que essas crianças tenham dificuldades de comunicação, autocuidado, lazer e, futuramente, profissional.

O ponto é: nem sempre são os familiares os primeiros a perceberem os sinais de deficiência intelectual; muitas vezes quem percebe são os professores. Isso não tem inteiramente a ver com falta de cuidado ou de atenção por parte dos pais, mas sim com o fato de que esse problema é acentuado em momentos específicos que exigem disciplina, concentração e atenção por parte das crianças, como acontece em sala de aula.

Seja em uma dinâmica de grupo, na dificuldade em se relacionar com os colegas ou uma reação agressiva a uma situação aparentemente sem motivo, é possível que a escola perceba e entenda o comportamento atípico dessa criança.

Esse tipo de comportamento é relacionado a:

  • Hiperatividade;
  • Autismo;
  • Comprometimentos ou ausência da fala;
  • Síndrome de Down;
  • TDA;
  • Síndrome de Tourret;
  • Déficit de atenção;
  • Outros 400 transtornos de aprendizagem.

Essas alterações intelectuais são apenas condições neurológicas que afetam o aprendizado de um indivíduo. Tenha em mente que esse aluno não precisa ser tratado como alguém doente, ele precisa de compreensão, ensino adequado e cuidado para que ele supere as dificuldades.

“Se uma criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela pode aprender”. Marion Welchmann

Esse é o papel do educador. Adaptar-se ao aluno para que ele receba o mesmo aprendizado e tenha as mesmas oportunidades no futuro, de acordo com suas necessidades e limitações.

Um laudo médico nomeia um problema e pode orientar como o profissional de educação deve agir, mas, ele não determina o quanto uma criança pode – ou não aprender. De acordo com o Censo escolar 60% da população escolar do Brasil sofre de alguma condição intelectual atípica. Por isso, cabe a você, educador, encarar essa condição de maneira mais natural e otimista possível, atendendo e recebendo esses alunos com o mesmo carinho, dedicação e oferecendo todo o apoio necessário, sempre respeitando os limites e dificuldades de cada aluno e valorizando cada conquista e esforço no aprendizado.

Enxergue cada um desses alunos como seres humanos com capacidades incontáveis, prontas para serem exploradas e, para isso, só precisam de atenção e respeito. Faça valer o poder que você, como professor, tem de transformar a vida de uma criança.

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