Quando se pensa em aprendizagem, percepção, absorção de conteúdo e qualquer outra palavra que seja sinônimo de ensino relacionado a crianças, todo cuidado é pouco.
Muitas pessoas podem não saber disso, mas dentro de uma única sala de aula podem existir diferentes formas de absorver o mesmo conteúdo passado pelo professor, afinal, cada pessoa tem o seu próprio ritmo. E quando se trata de educação especial? Existe diferença na forma como as crianças com deficiência absorvem o conteúdo?
A resposta óbvia é “sim”. Da mesma forma que alunos regulares têm dificuldades, acontece com os alunos especiais. No entanto, a pergunta principal de toda essa discussão é: como avaliar pedagogicamente essas crianças?
O primeiro passo desse processo é não adotar a mesma forma de avaliação que será utilizada nos alunos regulares, pois é preciso respeitar os limites e necessidades que cada aluno apresenta. Devem-se analisar minuciosamente as habilidades e dificuldades que as crianças apresentam em relação ao aprendizado, levando em conta sua deficiência.
Hoje em dia isso não é algo tão fora do comum, já que diversas escolas decidem por manter os alunos especiais e regulares na mesma sala de aula, a fim de eliminar descriminalização.
Então como a avaliação pode ser feita?
- O primeiro passo é avaliar cada atividade de forma individual, tendo em mente – e respeitando, os limites de cada aluno;
- Estabeleça também mecanismos que facilitem o estudo e o aprendizado desses alunos, adaptando o ensino para as necessidades cognitivas dos alunos;
- Elimine a ideia de um único método de ensino; cada aluno possui seu próprio ritmo;
- As avaliações de qualquer forma (provas, trabalhos, apresentações) devem ser flexíveis e as comparações com outros alunos devem ser evitadas ao máximo;
- Estabeleça recursos que permitam a acessibilidade ao conteúdo passado em sala de aula e também à participação e expressão de opinião.
O que pode ser feito para promover a inclusão dentro da sala de aula? Avaliar as ações de aprendizagem, de forma a desenvolver o conhecimento dos alunos e, ao mesmo tempo, possibilitar a avaliação por parte dos educadores. Com isso, é possível identificar os pontos fracos e melhorá-los futuramente. Sempre atendendo às necessidades especiais dos alunos.
Flexibilidade nos métodos de aprendizagem
Nessa etapa, nada é mais importante do que tornar as formas de ensino em sala de aula, mais flexíveis. Para auxiliar na absorção dos conteúdos vale tudo, desde o velho ditado à aplicação de jogos pedagógicos que auxiliam na absorção de informações por parte dos estudantes. Os jogos que trabalham com cores e formas diversas podem ser úteis para auxiliar no aprendizado infantil.
Ainda há muito a ser feito…
Infelizmente, ainda falta um longo caminho a ser percorrido para que as instituições de ensino realmente tornem-se inclusivas.
Aplicar metodologias que facilitem as avaliações pedagógicas e envolva as necessidades de todos os estudantes é apenas o primeiro passo para que as crianças com necessidades especiais se sintam representadas no ambiente escolar, sem desigualdades e com soluções adaptadas às necessidades acadêmicas de cada uma.
É importante ressaltar que os pais não devem ficar de fora desse processo e devem, sempre que possível, acompanhar de perto as dificuldades e méritos escolares de seus filhos.